Boa
tarde comunidade
presente na casa, ouvintes da rádio, Vereadores e Vereadora.
Pela passagem
do dia do trabalhador, desejo a homens e mulheres, que busquem incansavelmente
viver de forma cidadã, com dignidade e sem permitir a exploração da sua força
de trabalho. Desejo ainda que lutem por mais conquistas e pelo não retrocesso
nas leis trabalhistas. Eu estarei sempre na luta.
Hoje vou tratar exclusivamente de um Projeto de Lei 002/16, que deu entrada nesta Casa, pelo qual a Prefeitura visa permutar (trocar) um terreno com
a Grande Loja Maçônica. Como Vereadora meu trabalho, dentre outras coisas, é
fiscalizar e averiguar os Projetos que tramitam no Legislativo. Junto de minha
assessoria busquei detalhar a Lei 002/16, para dar conhecimento a toda a sociedade, que se tal Lei for aprovada, é para beneficiar uma pequena minoria, indo contra os interesses da coletividade. É vedado que bens públicos sejam doados quando nenhum proveito seja revertido em prol da comunidade. Vejam só:
Pela terceira vez, entre 2015 e 2016, a Prefeitura
encaminhou um Projeto de Lei visando Permutar um imóvel do Município com a Grande
Loja Maçônica. Duas vezes o projeto foi retirado por problemas apontados,
agora, nessa terceira vez, acredito, que o certo será retirar o Projeto
novamente. Entendam:
Em
1988, na época Prefeito José Carlos Brum Cardinal, foi Doado pelo Município de
Santiago, um terreno no Bairro Ana Bonato, para a chamada Maçonaria. A Loja
Maçônica, sem justificativa, 7 anos depois não quis mais o terreno da Bonato,
pedindo a troca dele por outro. Na ocasião, o Prefeito Vulmar Leite, através da
Lei 044/1995, trocou, conforme a vontade da Maçonaria, o imóvel do Bairro Ana
Bonato, por outro nos fundos da Escola Monsenhor Assis.
Deve-se
observar que o
Prefeito José Brum Cardinal ao dar em 1888 o Terreno para a loja Maçônica, fez
constar uma cláusula na escritura, dizendo que o imóvel Doado destinava-se a
construção do “Templo” Maçônico, e que a obra deveria ser iniciada em até 2
anos após a doação, senão, voltaria o terreno à propriedade do Município. A tal obra nunca foi realizada, e, mesmo assim, em 1995, foi
autorizada a troca do terreno na Ana Bonato, pelo terreno nos fundos da Escola
Monsenhor. Mas não
para por aí.
Em
2015, passados 20 anos, a Loja Maçônica novamente quis trocar os terrenos.
Dessa vez, a justificativa foi de que a Entidade nunca tomou posse do imóvel transcrito sob. o nº 34.455 (nos
fundos do Colégio Monsenhor), e que a área era praticamente encravada, sem
acesso regular. O Município,
hoje com Ruivo, novamente tratou de atender a Maçonaria e providenciar outra
troca, dessa vez por um terreno na saída de São Francisco, diga-se de passagem,
um excelente imóvel.
Meu
Gabinete foi verificar todas as informações sobre o assunto, e as surpresas
foram grandes: A transcrição nº 34.455, trata-se de um imóvel do Município, em
que uma parte foi Doada para o Estado, onde está o Colégio Monsenhor, e outra
parte foi Doada, para Sociedade
Literária Beneficente Bento Gonçalves (conhecida como Casa Maçônica),
inclusive com construção no local.
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1º Em 1888, a Prefeitura deu de Presente para
a Maçonaria um terreno no Bairro Ana Bonato, sem esclarecer o interesse público
nessa doação.
2º A Maçonaria, passados 2 anos, não
construiu sua sede contrariando cláusula da Doação, e, mesmo assim, o Poder
Público não retirou dela o terreno.
3º Quando ganhou o terreno na Bonato, a
Maçonaria registrou o imóvel e até hoje consta como proprietária dele, mesmo
tendo em 1995, feito troca com o Município pelo imóvel do Bairro Vista Alegre.
4º A Prefeitura, construiu pelo programa
de habitação, casas populares no Bairro Ana Bonato, mas não forneceu aos
proprietários os Registros dos Imóveis, por que a área está irregular (A
propriedade é da Grande Loja)
5º O projeto que está na casa, quer
autorização do Legislativo para trocar um terreno da Prefeitura na saída de São
Francisco, pelo terreno na Bonato. Mas como poderia realizar essa troca se o
terreno na Ana Bonato já foi trocado com a Maçonaria, pelo imóvel nos fundos da
Escola Monsenhor?
6º Estranhamente,
20 anos depois a Loja Maçônica resolve entender que a área permutada com o
Poder Público não lhe serve.
7º Qual
a Legalidade de ser Doada e Permutada área pública, para Entidade Privada, sem
qualquer benefício para a comunidade?
8º Qual
a explicação sobre a área Doada nos fundos da Escola Monsenhor Assis, que
existe uma construção da Maçonaria?
9º Os imóveis que se pretende trocar
agora, são evidentemente diferentes em valores, ficando o Município em grande
defasagem.
10º Se
comparadas as 3 avaliações feitas pelo Município nos projetos que deram entrada
na casa, o mínimo a ser dito, é que é intrigante os valores apontados.
Conforme
foi dito, tudo terá que ser clareado, senão, poderá, na prática, ser entendido
que é o terceiro terreno que o Município vai dar para a Maçonaria (Entidade
Privada). Há tantas possíveis ilegalidades nessa transação, que o Prefeito
Júlio pode até ser denunciado por Improbidade Administrativa. Para cada
afirmação feita, existem documentos e fotografias comprobatórias.
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