Boa tarde
à Vereadora, Vereadores, comunidade presente, e comunidade que acompanha às
sessões pelo rádio.
Na sessão
anterior trouxe à esta casa, para ser avaliado, discutido e para que fosse tomada
uma atitude pelo Legislativo, a infestação, na cidade de Santiago, do Mosquito
da dengue. No início, logo que esse assunto foi trazido à tona, muitas
informações dos Administradores, foram desencontradas, eles chegaram até a
negar o risco existente. Agora, com um pouco mais de coerência, não negam mais.
No entanto, insistem em amenizar, e não tratar o problema como extremamente
sério. Revelar para os cidadãos Santiaguenses, o tamanho da infestação, levaria
todos a concluir que 5 Agentes Epidemiológicos, jamais iriam dar conta de
combater o Mosquito numa cidade de 50 mil habitantes. Pior, teriam que explicar
porque apenas 5 Agentes, quando a própria Lei Municipal prevê 10 ( o que também
seria pouco). Afinal qual o plano de Ação para esse caso?
Já disse
antes, que reconheço não ser fácil administrar uma Cidade, sei que são inúmeros
problemas, inconvenientes, entraves, desde coisas simples, às mais complicadas.
Não pretendo passar uma ideia de que tudo está errado. O que
insisto, é a falta do olhar da Administração, para questões básicas, que
funcionam muito mal e que trazem grande sofrimento para nossa comunidade.
Praticamente todos os dias, recebo pessoas que se sentem indignados quando no
Rádio, Jornal, ou aqui na Câmara, é dito que a cidade está bem, é ótima para
viver, que tudo está sendo feito, ou será resolvido. No entanto, quem vive o
dia-a-dia, em Bairros com problemas, ou quem necessita da Saúde, ou mesmo na
área da Educação, sabe quando a fala é realidade ou não.
Hoje
trago mais uma situação inadmissível, trata-se da Área da Saúde Mental. Vejam
só: Antes o CAPS – Centro de Atenção Psicossocial, CAPS 1 Minha Casa, atendia somente casos
mais graves dentro da psicologia e psiquiatria, enquanto o Cuca-Legal, que
funcionava na Secretaria da Saúde, cuidava dos casos menos graves nessa área.
Por uma decisão unilateral da Secretária da Saúde, sem justificativa, sem ouvir ninguém, foi determinada a
transferência do Ambulatório, e da equipe do Cuca-Legal, para o CAPS, passando
a funcionar tudo em um mesmo local, inclusive o atendimento às crianças. Não há
estrutura física e nem pessoal no CAPS que comporte essa aglomeração. Pacientes
do CAPS em virtude da mudança determinada pela Secretária, ficam até 1 mês sem
atendimento. Atualmente, somente dois profissionais (2 Psicólogos e 2
Psiquiatras) atuam no CAPS, e, às crianças, ninguém sabe explicar como ocorre
seus atendimentos. Nunca houve uma conversa, ou deliberação técnica para a unificação do cuca legal e do CAPS, o que, conforme muitos relatos foi
péssimo.(sabemos que se várias vozes são ouvidas, e possível tomar uma melhor decisão) Nas segundas, terças e quartas o local fica tão super-lotado que se
chove, muitas pessoas ficam para fora, na chuva aguardando atendimento. As
dependências do local estão péssimas e tanto profissionais como pacientes,
estão sendo desconsiderados, em um local desestruturado e que não oferece o
mínimo conforto. Existe uma verba Federal mensal, para o CAPS de cerca de R$
20/30 mil reais, mas não existe prestação de contas. A saúde mental, tão
delicada, não está sendo priorizada neste local. Na sala de uma profissional
não tem luz, e o cheiro de esgoto é fortíssimo. Já existem denúncias como essa,
feita no Conselho da Saúde.
EXISTEM
PONTOS QUE PRECISAM SER ESCLARECIDOS SENHORES, estive no local e por isso
pergunto:
Por que o CAPS Nossa Casa não tem saída de emergência?
Por que os extintores de incêndio ficam em salas chaveadas?
Por que as comidas ficam guardadas em uma sala cheia de mofo?
Por que o CAPS não conta com uma terapeuta ocupacional?
Por que, Senhores Vereadoras, os estagiários, que deveriam estar
lá para conhecimento e aprendizagem, são usados como monitores, e
portanto servindo de mão-de-obra barata e em desvio de finalidade?
Pergunto ainda, por que o CAPS funciona apenas até as 14 horas? Será que o CAPS e a farmácia
Básica, não são serviços essenciais?
Por
último relato que recebi queixas da atuação da Secretária de Saúde, em vários
aspectos. Nunca nesses 3 anos de mandato ouvi tanto em desabono a atuação de um
Secretário Municipal como tenho ouvido da Secretária de Saúde atual. Não é só
pela má gestão, como pela prepotência, pressão, desrespeito no trato com os
funcionários públicos na área da saúde. Cheguei a ouvir que é comum, um
mascaramento da realidade de acordo com os interesses na condução da pasta.
Vereadores governistas, será que o PREFEITO TEM CONHECIMENTO DE TUDO ISSO? Sei que que algumas informações já chegaram até ele. Mas será que ele tem conhecimento da extensão destes problemas. Em público, faço o pedido para que ele me receba, a fim de
que eu possa colocar todas as questões que chegaram até a mim.
PEÇO AINDA, pela gravidade das informações
que possuo, O IMEDIATO AFASTAMENTO DA
SECRETÁRIA DE SAÚDE DE SANTIAGO. Além do encontro com o Prefeito,
sugiro aos colegas Vereadores uma reunião, para que juntos possamos investigar
a situação do CAPS, até mesmo no sentido de colaborar com o Administrador na
Solução desse desagradável problema.
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