Boa tarde a todos, mesa diretora, vereadores, vereadora, ouvintes, pessoas presentes nesta casa.
Sou defensora da política como forma de debater ideias, posições, projetos, espaços. Tenho em mente que a política é construtiva e transformadora, pela atividade dos representantes do povo e demais cidadãos e cidadãs, quando se dedicam a assuntos e problemas de interesse público. No entanto, estou no 3º ano do Mandato em que me elegi e jamais vi nesta casa um trabalho de construção e desenvolvimento conjunto entre nós Vereadores com o objetivo maior de debater o interesse do bem comum. Como todos sabem, sendo Vereadora de Oposição ao PP, tenho sérios problemas na garantia de espaços de discussão de ideias, em todos os sentidos. Nos meios de comunicação, aqui na Câmara, junto aos Gestores, nos Conselhos e até com os Presidentes de Bairros. Como nenhum destes seguimentos tem autonomia e são todos atrelados, há décadas, à Administração do PP, obviamente nenhum deles quer correr o risco de me dar espaço, já que meu interesse é esclarecer e informar a sociedade, trazendo-lhes um outro olhar, especialmente, sobre direitos e cidadania, o que implica conscientização e mudanças. Para manter o poder, há muita gente, de várias áreas, sem interesse nenhum de que a comunidade identifique os problemas, posicione-se e seja alertada sobre o que é ser cidadão de direitos. Muitos Vereadores por conta das dificuldades, que não são poucas, acabam se adaptando ao sistema e não realizam o verdadeiro trabalho de um representante do povo. Num temor reverencial ELES PREFREM NÃO ENTRAR EM CONFLITO COM O PODER. Essas atitudes têm um preço e todos estão pagando, ao ver a desvalorização da política e sua representatividade. Hoje a Câmara de Santiago é motivo de graça e descrédito, por conta do distanciamento da função de Vereador como fiscalizador, debatedor de questões propositivas, identificador de problemas socais, com propostas de soluções. A intenção de alguns vereadores e da própria presidência da casa de votar de forma atropelada o Plano Municipal de Educação, que se tornará LEI em Santiago, não pode ocorrer. Nossa cidade tem o Título de Cidade Educadora, e a Lei que está para ser votada hoje, poderá ser a grande ferramenta que irá transformar o que hoje é um mero Título, em Ações Educacionais Transformadoras e reais na vida da comunidade. Existem metas e estratégias que precisam estar previstas pelo Poder Executivo, para daqui dez anos, e o Poder Legislativo, através dos Vereadores, é o MAIOR RESPONSÁVEL pela eficácia dessa Lei a ser votada.
A Lei federal forneceu 20 metas para ampliar e qualificar a educação no Brasil. Estas metas são iguais para todos os entes federados. No entanto, cada ente federado deverá definir estratégias, segundo as peculiaridades e necessidades dos Estados e dos Municípios. Verifiquei que aqui na nossa cidade, o Executivo contratou uma empresa de consultoria para elaborar o plano, pagando R$ 5.900,00 reais, mas a empresa, não fez um diagnóstico detalhado da realidade educacional do Município, e, principalmente, não elaborou as ações do Plano para os 10 anos que virão, a partir das necessidades da comunidade e das carências sociais.
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