Boa tarde aos ouvintes que nos
acompanham pelo rádio. Minha saudação às pessoas presentes aqui no Plenário e
aos demais Vereadores desta Casa.
Quero dizer, Lérida Pavanelo, ao Trabalhador Rural que a luta
dele é a minha luta também. Especialmente porque nos Governos do PT, o
trabalhador Rural sempre foi uma preocupação, tanto é, que foi no Governo Tarso
Genro que criou a Secretaria de Desenvolvimento Rural, voltada exclusivamente
para o pequeno produtor.
Hoje me
despeço da comunidade de Santiago como Vereadora, mas não finda minha atuação e
ativismo político. Durante
os quatro anos que estive no cargo de parlamentar, todas as vezes que me
pronunciei nesta tribuna, o fiz de forma vibrante, verdadeira, com garra e
esperança de conseguir mudanças e melhorias para a vida do povo de Santiago.
Busquei – de forma bastante transparente e fiel – mostrar como na verdade as
coisas funcionam na Prefeitura e na Câmara. Não me abati com os ataques
pessoais, não desisti frente as estratégias rasteiras dos meus opositores de
distorcer o que eu dizia. Não recuei quando a grande maioria dos Vereadores
desta casa avançava raivosa sobre meus posicionamentos, ENFIM, não temi, nem me
rendi, em nenhum momento, a tropa de choque do prefeito.
Ao ler, uma das colunas de Juremir Machado no Jornal Correio do
Povo, com o título de Teatro Regimental, percebi que o escritor ilustra o
Parlamento, como o local para grandes debates, onde assuntos de interesse da
comunidade devem ser discutidos ao esgotamento e através da argumentação chegar
ao convencimento do melhor resultado prático para o bem comum. Na coluna,
Juremir descreveu Deputados do governo Sartori na Assembléia Legislativa, que
sequer debateram os projetos do pacote de maldades, nem ao menos foram até a
Tribuna para argumentar e justificar a aprovação dos terríveis projetos. Como
fiéis escudeiros de Sartori, estavam lá cegos para votar no que lhes foi
ordenado. Nem prestaram atenção aos argumentos dos Deputados contrários a
aprovação dos projetos.
Sugiro a todos que leiam a brilhante coluna do jornalista Juremir,
ele descreve de forma simples e clara, o que também ocorre na Câmara de
Vereadores de Santiago. Mesmo que os poucos vereadores da oposição, falassem,
mostrassem as incoerências, debatessem e esmiuçassem projetos que vinham contra
a sociedade, de nada valia, pois como várias vezes eu disse: NESTA CASA, o jogo
é de cartas marcadas, é jogo jogado. Os argumentos, a discussão e os reais
impactos dos projetos não são levados em consideração. Um exemplo claro disto
que acabo de relatar, é a quantidade de projetos que foram enviados pela
Prefeitura nestas duas últimas semanas. São 9 ao todo que ainda deverão ser avaliados.
Projetos que serão votados de roldão, “patrolando” o debate, sem a análise que
merecem. E vão influenciar diretamente na vida do cidadão santiaguense. As
semelhanças não são meras coincidências, Ruivo age como Sartori.
NÃO É PARA O TRABALHADOR OPRIMIDO que o Governo do PP TRABALHA.
Eles estão e continuam no poder, colocados por uma maioria, MAS A SERVIÇO dos
interesses de uma minoria. Aqui, Senhoras e Senhores, a única coisa que importa
é, em sessões vazias e repletas de discursos vazios e pessoalistas, aprovar os
projetos que a Prefeitura determina.
AO FINAL de quatro anos, posso não ter conseguido aprovar
projetos, podem as minhas sugestões terem sido engavetadas, podem minhas ideias
terem sido desconsideradas, MAS o meu grande orgulho como Vereadora, não está
aqui dentro, ESTÁ NAS SEMENTES DE CIDADANIA QUE PLANTEI fora dessa casa.
Nunca tive pressa, sei que o desejo de mudança nasce a partir do
momento que as pessoas descobrem que são elas quem têm o poder de mudar. Posso
até não chegar a ver Santiago liberta dos coronéis, mas tenho certeza de que já
iniciou a contagem regressiva para o fim do modelo de governo de uma minoria
assistencialista do PP.
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