DISCURSO –
Câmara dia 16.09.2013
Boa tarde a
todos, aos ouvintes da Rádio Nova 99, Senhor Presidente, Senhores vereadores.
Quero iniciar, hoje, minha fala,
dando conhecimento à sociedade, de importante procedimento da responsabilidade
da administração pública que é o tão falado PPA (Plano plurianual). Trata-se de
projeto de lei que deve ser apresentado a cada quatro anos, sendo elaborado no
primeiro ano de gestão do prefeito empossado, com vigência até o final do
primeiro ano do mandato seguinte. O projeto deve conter uma avaliação global da
situação do município, especialmente, das carências existentes, através da análise
dos problemas. Deve conter a exposição
das diretrizes e da estratégia das políticas econômica, financeira e social, Isto
é, deve, com clareza, demonstrar a destinação do dinheiro público, esclarecendo
os objetivos do plano e expondo os programas a serem desenvolvidos. Em resumo, o PPA define as prioridades do
município para uma gestão de 4 anos. Então eu pergunto: Tu cidadão e cidadã
Santiaguense, pessoalmente ou através da tua associação de bairro, da escola,
conselho educacional, conselho de saúde, demais conselhos, sindicato, ou outro
seguimento organizado, tomou conhecimento, foi consultado de alguma maneira? Opinou de alguma forma sobre tão importante
projeto que fixa metas e estabelece programas e ações para execução de
políticas públicas que vai influenciar diretamente na vida de cada
santiaguense? O que se vê, Senhores
ouvintes, nesta administração, são programas isolados, de gabinete, sem planejamento
integrado e, pior, não há espaço de consulta popular de discussão com a
sociedade, de desenvolvimento da cidadania.
Estive presente na chamada audiência
pública no dia 10, terça-feira, promovida
pela prefeitura para a discussão do Plano Plurianual. Lá não estavam os
seguimentos sociais, provavelmente porque é feito um chamamento pelo rádio, sem
que a comunidade saiba, se quer o que é um PPA e a importância dele na vida de
cada um e, provavelmente, porque não há um
mínimo interesse na participação da sociedade.
Quero salientar que na chamada
audiência pública, não houve espaço para discutir e analisar as ações
previstas. Como representante do povo, preparada que fui para dar sugestões e
participar, não me foi dado espaço, sob o argumento do vereador Davi (quem
representava a administração) de que aquele momento era apenas para
apresentação do plano e cumprir um ritual previsto em lei. Apesar das muitas
tentativas, não fiz as avaliações, o que tentarei fazer a partir das emendas ao
PPA que já protocolei na Câmara e, que, provavelmente, não serão aprovadas.
Quero dizer ainda, senhores ouvintes,
que sabemos e compreendemos que administrar um ente público, com todas as
complexidades que envolvem um mandato, não é fácil. Mas também sabemos que
muito mais difícil e injusta será uma administração que não busca a
participação da sociedade.
Nas visitas que tenho feito nos
bairros, muitas questões são postas e muitos problemas identificados. No bairro
Lulu genro as pessoas não conseguem compreender o que está ocorrendo com a
Escola Municipal de educação infantil de zero a quatro anos. Foram feitas as
inscrições das crianças em janeiro e a previsão era do início em agosto. Já
estamos em setembro e a obra está abandonada e com risco de ser depredada (como
referem os moradores). Pedi informações à administração pública, pedido
aprovado do dia 19 de agosto e até agora nada foi respondido.
É importante dizer que o Governo
Federal destinou, do programa pró infância, mais de um milhão de reais para a
construção das Escolas Infantis dos Bairros,
Lulu genro, Riachuelo e
Zamperetti. Vale lembrar que o Dep. Pimenta do partido dos
Trabalhadores, foi quem se empenhou para que viessem estas verbas para estas
escolas.
Por último quero fazer um apelo aos
moradores dos diversos Bairros de Santiago. Busquem suas Associações, este
espaço deve ser utilizado para discussão e reflexão com o objetivo dos
moradores conhecerem e identificarem os problemas que envolvem a sua realidade,
de estarem organizados para reinvindicar. Volto a frisar, estar informado,
participar torna o cidadão consciente para cada vez mais melhorar as condições
de vida da população como um todo.
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