segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Discurso na Câmara de Vereadores - 30/12/2013.

Fala 30.12.2013


Boa tarde aos colegas representantes do povo, todos os presentes nesta casa e aos ouvintes da FM 99.

Cidadãos e cidadãs santiaguenses! Na sessão da câmara do dia 23, no início de minha fala, tive cassada a palavra e foi determinado minha saída da tribuna. Acatei a determinação imposta pelo Presidente do Legislativo, porque infelizmente, no momento, não me restava outra alternativa. Entretanto afirmo que o artigo usado para justificar o impedimento da livre expressão, nesta casa, não se presta para o ato e a Comunidade sabe porque me ouviu, nunca ofendi ou desrespeitei nenhum parlamentar, nas minhas falas. 

Fui vítima de um ato arbitrário, ilegal e antidemocrático. De um ato de preconceito contra a mulher na política, pois a mulher, para muitos, só serve quando é submissa ao poder. Minha voz foi cortada, minhas palavras foram censuradas e o mais impressionante, não pude me defender de acusações contra minha vida e conduta.

Mesmo diante de questões tão desagradáveis, tenho uma ótima notícia às pessoas que represento: os fatos ocorridos que se assemelham a duras épocas, em que homens e mulheres as quais ousavam pensar diferente ou desejavam uma forma diferente de viver em sociedade, eram calados, torturados, ameaçados, não vão abalar meu firme propósito de continuar a exercer a fiscalização do Executivo Municipal, dos bens públicos, além de denunciar o que estiver de errado, ou que não tiver a transparência devida. 

Caberá à Justiça a decisão de reconstituir os direitos democráticos que me foram sonegados como Vereadora de Oposição e representante do povo, na última sessão.

Esclareço a todos por uma questão de respeito, que jamais existiu a ocorrência de financiamento pelo Governo Estadual ou Banrisul de Remate na Expointer de 2012, da Cabanha Forqueta. Também esclareço que não existe e nunca existiu na minha propriedade pista de rodeio. Tanto a primeira, como a segunda acusação, dizendo de forma bem leve para não ter a palavra cortada, só pode ser um equívoco, um engano daqueles que falaram, os quais, obviamente, não tinham nenhuma intenção de me prejudicar. Sobre o tal remate, DISPONIBILIZO CÓPIAS de documentos, para quem desejar. Eles demonstram a verdade. Convido ainda, os colegas Vereadores, servidores citados e a comunidade, a irem procurar na minha casa pista de rodeio ou de treino. E, sobre a estrada que leva até a minha propriedade, esclareço que ela não é individual, serve a outros proprietários, inclusive nela passa o transporte escolar. E o reparo que foi feito é direito de todo o cidadão. 

Trago também, hoje, um assunto importante da comunidade. Se não tivesse tido a palavra cassada, já teria tratado nessa casa, a situação denunciada no meu Gabinete: Pessoas chegam ao Hospital de Caridade, Pronto Socorro, e, quando tem fraturas diagnosticadas, recebem alta e são mandadas para casa. Já tive uma reunião com o Prefeito Júlio, para tratarmos desse assunto.

O diagnóstico de fratura é uma urgência/emergência, e a Instituição, através do médico, deverá fazer o encaminhamento direto para o hospital de referência, o Hospital Universitário ou qualquer outro que atue na área indicada, e disponha de leito. É o hospital que tem responsabilidade para com o paciente em situação de urgência. 

No momento que a Instituição manda o paciente para casa, este deixa de ser caso de urgência/emergência e tem que aguardar em uma lista de espera para um atendimento, o que pode demorar até mais do que 30 dias. Se a cirurgia demorar mais do que 15 dias, a fratura se consolida e é necessário quebrar o osso novamente para que a operação tenha êxito. (Assim esclareceu um especialista). Houve a denúncia também de pacientes internados que necessitam de exame, como por ex. uma tomografia e recebem alta, sendo orientados a marcarem exame na Secretaria de Saúde. Ora, estando hospitalizado, é o hospital o responsável por prover o exame.

Em outras cidades, o Hospital é quem faz os encaminhamentos e providencia os exames para os quais tem compromisso, e para isso é pago. Senhores, a informação é de que o Hospital de Caridade de Santiago está se eximindo de realizar os encaminhamentos e os exames e, injustificadamente, REPASSA A RESPONSABILIDADE PARA A PREFEITURA QUE JÁ PAGOU PELO SERVIÇO. A administração pública não pode compactuar com essa irregularidade que inclusive lhe deixa muito mal vista aos olhos da população.

O SUS é de grande importância e deve ser administrado com seriedade e com a qualidade que todos merecem.



SEGUNDO O MINISTÉRIO DA SAÚDE “Todo o cidadão pode denunciar os casos à ouvidoria do SUS pelo Telefone 136.” NÃO PODEMOS NOS OMITIR, a população está MUITO insatisfeita com a SAÚDE NA CIDADE, precisamos de mudanças nos atendimentos e nos esclarecimentos à população.


Ao povo Santiaguense nesta ante véspera do ano de 2014, deixo uma mensagem, um trecho de uma poesia de Cecília Meireles: “ Aprendi com as primaveras a deixar-me cortar, e a voltar sempre inteira” Que nos cortem, vereador Marion, mas que voltemos inteiros a encarar novos cortes e desafios. Um bom 2014 a todos!









Postado por:
Bruno Pedroso 
Assessoria Técnica

Email: comunicacaoiarapt@gmail.com






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